No dia a dia da pecuária é comum a ocorrência de problemas que envolvam a sanidade dos animais, sejam doenças ou enfermidades corriqueiras. Por isso, o produtor deve atentar-se sempre em seguir os protocolos sanitários estabelecidos pelas autoridades do país, principalmente de doenças controladas pela vacinação como febre aftosa, raiva, entre outras.
Um exemplo de ocorrência sanitária grave que pode afetar de maneira rápida e trágica o rebanho de uma fazenda é a febre aftosa. É doença de fácil contágio, mas que pode ser evitada por meio da vacinação anual.
Neste texto você entenderá os principais pontos sobre a febre aftosa, causas, como prevenir, sintomas e medidas a serem adotadas em caso de ocorrência, além disso conhecerá os estados livres da vacinação.
O que é a febre aftosa?
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida pelo aparecimento de feridas que afetam, principalmente, a boca e os pés dos animais. É causada por um vírus do qual existem 7 tipos (família Picornaviridae, gênero Aphthovirus).
Como a febre aftosa é transmitida?
Como dito no início desse texto, a febre aftosa é uma doença de fácil contágio e que pode acometer rapidamente um rebanho inteiro. O principal meio de contágio é pelo contato entre animais doentes, além disso o vírus também pode contaminar o solo, água, vestimentas, veículos, aparelhos e instalações, não havendo então, a necessidade do contato direto.
Ponto importante: o vírus causador da febre aftosa pode ser transportado pelo vento.
Quais são os principais sintomas da febre aftosa?
Os principais sintomas percebidos são o aparecimento de feridas na região da boca e pés. Entretanto, em bovinos, é possível verificar salivação excessiva, dificuldade na alimentação, febre alta e redução na produção de leite e desempenho.
O animal tende a se isolar no pasto e posteriormente deitar. Há também, a possibilidade de identificar movimentos estranhos da mandíbula.
Em decorrência do conjunto de fatores elencados acima, o emagrecimento é inevitável, devido a febre e a dificuldade de se alimentar, beber e locomover.
O que fazer se um animal for contaminado com febre aftosa?
Embora os índices de mortalidades sejam baixos, havendo maior incidência apenas em animais mais jovens, a ordem é notificar com prontidão o órgão competente do seu estado caso haja a suspeita!
Havendo a confirmação de febre aftosa, exige-se o sacrifício imediato do animal.
Como prevenir a febre aftosa?
A prevenção da febre aftosa é feita por meio da vacinação, que teve início no Brasil na década de 1960.
Neste ano (2022), a primeira etapa da vacinação aconteceu em maio e a segunda etapa início recentemente, dia 1° de novembro, com expectativas de finalização no dia 30/11.
ACESSE AQUI O CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
A previsão é que sejam vacinados 161 milhões de bovinos e bubalinos, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Embora a vacinação seja obrigatória na maioria dos estados brasileiros, existem algumas regiões que são consideradas zonas livres da doença, ou seja, onde a vacina não é mais necessária.
Quais são os estado livres da vacinação de febre aftosa?
Como elencado acima, atualmente alguns estados já estão livres da vacinação da febre aftosa, significa dizer que são “zonas livres de aftosa sem vacinação”, ou seja, não dependem da vacinação para que não registre focos da doença.
As regiões já reconhecidas como zonas livres de febre aftosa sem vacinação são: estado do Acre; Paraná; Rio Grande do Sul; Rondônia; Santa Catarina; os municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte de Tapauá na divisa com Humaitá no estado do Amazonas; o município de Rondolândia e partes dos municípios de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína do estado do Mato Grosso.
A partir de 2023, os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Tocantins e o Distrito Federal não terão mais a vacinação obrigatória contra a febre aftosa. A suspensão será possível após uma série de ações sanitárias desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em conjunto com os Estados no âmbito do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE/PNEFA), desde o ano de 2017.
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Fontes: