Você sabe o que é o custo do excesso?  

O Custo do Excesso que muitas vezes é desconhecido na maioria dos confinamentos ou é um dado que está “mascarado”, revela o real custo da sua nutrição. 
Custo de Excesso

Automatizar gera economia e redução de perdas que, quando contabilizadas, revelam o custo da ineficiência e a verdadeira margem de lucro da fazenda.  Nos artigos anteriores falamos sobre a automação e como ela funciona, quais seus benefícios para o cumprimento do planejamento nutricional e, consequentemente, o seu impacto no desempenho dos animais.   
 
Neste artigo explicaremos sobre o “Custo do Excesso” que muitas vezes é desconhecido na maioria dos confinamentos ou é um dado que está “mascarado” e revela o real custo da sua nutrição. 
 
Fazendas que contam com tecnologias de automação têm muito mais conhecimento à disposição sobre suas operações e custos e, por isso, têm uma alta maturidade de gestão para acompanhar os indicadores econômicos e manter o foco na lucratividade.   

Os problemas do custo do excesso 

O cenário mais comum nas fazendas é um erro (desvio) acima do previsto, isso significa dizer que é fabricada uma quantidade maior que a prevista. Esse “desvio padrão” gira em torno de 5% e é considerado uma margem mínima de segurança para não correr o risco de ofertar menos alimento que o necessário aos animais e, assim, prejudicar o seu desempenho. Por exemplo: se a fábrica fosse produzir 100kg da dieta e a tolerância estabelecida foi de 5% acima ou abaixo, consideramos que as produções abaixo de 95kg ou acima de 105kg ultrapassam a margem de erro tolerado. Geralmente as fazendas acabam fabricando muito acima dessa margem de tolerância gerando um desperdício ao qual chamamos de “Custo do Excesso”.   

Conforme analisamos anteriormente, esse volume jogado a mais no cocho não aumenta o desempenho dos animais, o que representa um alto custo para o confinamento. Desperdício que dói no bolso e come a margem de lucro do negócio!  

Agora, para mostrar números reais, analisamos a eficiência de fabricação e fornecimento de diferentes fazendas em nossa base de dados, para fazer uma simulação.  

Consideramos um confinamento com capacidade estática para 5 mil animais, que realiza 2 giros/ano com duração de 105 dias de cocho. O consumo médio de cada animal foi de 16kg de matéria natural por dia a um custo de R$1,20/kg. Veja o gráfico abaixo com os diferentes cenários: 

 Gráfico 1. Custo da eficiência de fabricação  

Fonte: Ponta, 2023 

Veja a evolução da eficiência:   

– Operando com eficiência de 50% – Prejuízo de R$1.481.270,57/ano ou R$148,13/cabeça  

– Operando com eficiência de 75% – Prejuízo de R$493.756,86/ano ou R$49,37/cabeça  

– Operando com eficiência de 95% – Prejuízo de R$77.961,61/ano ou R$7,79/cabeça.  

Como gestor do negócio você sabe em que cenário a sua fábrica está operando? Quanto representa o custo do excesso da sua operação por cabeça? E o quanto isso impacta no seu custo por arroba produzida? Ter essas respostas pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso do seu confinamento.  

Ao longo de anos realizando implantações de automação em confinamentos e fazendo análises dos processos de fabricação de ração e de fornecimento de trato, identificamos que a maioria dos gerentes e pecuaristas desconhecem esse número com precisão, pois não medem da maneira correta. 

Por que adotar a Automação GA? 

Nas anotações manuais ou em planilhas, a tendência natural dos operadores é anotar valores idênticos ou muito próximos do realizado em relação ao previsto, dando a falsa sensação de que a operação funciona perfeitamente. A maioria das fazendas, antes da implantação da automação, mostrava em suas planilhas índices de eficiência acima de 97% – que raramente é alcançado mesmo em operações automatizadas. Após a automatização da fábrica, esse índice despenca literalmente porque a coleta automatizada dos dados de cada etapa do processo (sem interferência humana) revela os números verdadeiros. Comparando os relatórios anteriores e as medições da automação é fácil identificar onde estão os erros e corrigi-los.

Com a ajuda da automação, os gestores conseguem colocar a operação na mão e estancar o prejuízo num período entre 3 a 6 meses e, assim, pagar o investimento já no próximo giro. 

Essa conta já salvou muitos negócios e, por isso, a adesão à tecnologia de automação de fábrica e fornecimento vêm crescendo a uma taxa superior a 35% ao ano. A automação gerencia toda a operação e, principalmente, todos os custos que são contabilizados de acordo com as quantidades e valores reais, potencializando a gestão da propriedade. Os resultados são ainda mais significativos quando esta tecnologia é associada à solução de gestão de confinamento que é responsável pelo planejamento nutricional e pelo controle de estoque. 

Para entender como a automação se paga a partir da redução de perdas e pela otimização dos processos, veja o exemplo abaixo sobre o retorno do investimento mensurado a partir do perfil de confinamento apresentado acima:  

Redução do custo alimentar  

  • Aumento da eficiência de fabricação de 65% para 95%* 
  • Economia de R$71,9/cabeça*  

Redução do custo operacional  

  • Redução de 10 minutos durante o fornecimento dos tratos, aumenta a capacidade de    atendimento de um caminhão de 7 mil para 10 mil cabeças tratadas.   

*(Valores calculados para 10 mil cabeças em 2 giros/ano)  

Nos estudos realizados a partir dos dados das fazendas automatizadas nos últimos anos revelam que a cada R$1,00 investido em automação, o pecuarista tem retorno de R$6,00. 

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