Alysson Paolinelli deixa imenso legado no agro brasileiro

A ABRAMILHO (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) em nota de pesar, comunica o falecimento de Alysson Paolinelli.
Alysson Paolinelli deixa legado no agro brasileiro

A ABRAMILHO (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) em nota de pesar, comunica o falecimento de Alysson Paolinelli, nesta manhã do dia 29 de junho de 2023.

Paolinelli foi Ministro da Agricultura durante o governo de Ernesto Geisel, onde teve papel imprescindível na implementação de políticas para modernização da agricultura brasileira. Engenheiro agrônomo de formação, foi pesquisador e inspiração de muitos profissionais do agro brasileiro.

Ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli [Créditos – Rede Paolinelli]

Revolução de Alysson Paolinelli

O Brasil foi durante muito tempo importador de alimentos básicos e na década de 70 a revolução agrícola garantiu a autossuficiência alimentar, reduzindo os custos que a alimentação representava no gasto familiar, liberando renda para outros consumos de bem-estar. Além disso, o Brasil se tornou o 4º maior produtor e o maior exportador de alimentos básicos, do mundo.

A ciência foi prioridade de Paolinelli, onde estruturou um sistema de pesquisa sobre agropecuária tropical único, com destaque para EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) nesse desenvolvimento. Hoje a instituição conta com 2. 400 pesquisadores e 42 unidades descentralizadas de pesquisa, sendo que 26 delas foram criadas durante seu mandato como Ministro da Agricultura.

Reconhecimentos

Além da carreira política, o ex-ministro também foi reconhecido internacionalmente em 2006 pelo prêmio World Food Prize, pelo incansável estudo do potencial agrícola do Cerrado, onde criou o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (Polocentro), que levou infraestrutura e tecnologia para a região, além do Programa de Crédito Integrado (PCI).

Em 2021 e 2022 foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz, onde nasceu a Rede Paolinelli, que coordenou ações referentes a indicação, reunindo instituições do mundo acadêmico e do agronegócio.

Desde 2022 presidia a ABRAMILHO e também foi presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Sua atuação foi ímpar para o agronegócio brasileiro, sendo considerado o patrono da agricultura tropical. Dentre suas frases conhecidas, dizia: “O mundo precisa de um pacto global alimentar”. Sua liderança e visão estratégica para a produção de alimentos de forma sustentável foi exemplar e seu legado continuará vivo, inspirando as próximas gerações.

O ex-ministro deixa a esposa, Marisa Gonzaga.

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